terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Cuidado o tubarão vai te pegar

Estava eu em uma tarde curtindo a vida adoidado na frente da telinha quando me aparece um filme deveras exótico chamado A Vida Marinha com Steve Zissou, do diretor Wes Anderson.

Quando o amigo e parceiro de longa data de Steve Zissou (Bill Murray) é comido por um tubarão-jaguar, o famoso explorador subaquático procura se vingar do coitado. Com uma equipe cheia de esquisitos, Steve parte para a sua mais nova aventura e depois disso pode ter certeza que é confusão na certa. Lembrando que o plano deles é filmar tudo para fazer a segunda parte do documentário, já que é no primeiro que o tiozinho é comido.



A equipe inclui Ned (Owen Wilson), que após a morte da mãe procura Steve por acreditar que ele seja seu papi. Já Eleanor (Anjelica Huston) é a esposa ricaça e genial de Zissou, Jane (Cate Blanchett) é uma repórter meio mala e Klaus (Willem Dafoe) é o engenheiro alemão meio pirado. E para minha surpresa, quem está no elenco é o Seu Jorge, no papel de músico da tripulação. Ele faz parte da trilha sonora com o seu violão, cantando Garota de Ipanema e, principalmente, David Bowie.

O barato do filme é que ele é bem viajão e irônico, dá até pra rachar o bico em alguns momentos. A vida aquática representada não é em sua maioria composta por peixinhos e camarõezinhos adestrados, mas sim peixinhos, cavalos-marinhos, tubarões, algas, etc. feitos em stop motion. O próprio interior de barco parece até cenário de teatro.



O filme é cheio de possibilidades: uma possível relação pai e filho, uma possível separação, um possível romance, um possível tubarão-jaguar. Também tem muitas cenas completamente absurdas, cenas de ação trashs e cenas cômico-dramáticas. Mas nem só de doideras o filme é feito, pois tem seus momentos mais realistas: o estagiário só serve para trazer o cafézinho.


O Ned, mais tapado impossível! A repórter às vezes tem umas partes engraçadas, às vezes fica de muito mimimi. Seu Jorge tá quase sempre no violão. O rival do protagonista (Jeff Goldblum), cheio de pompa e arrogância, tem seus momentos cômicos. E Steve Zissou, bem, ele é Bill Murray. 



Assisti ao filme sem grandes pretensões, mas acabei me divertindo nessa horinha e meia. Achei um tanto diferente, leva um tempo para se acostumar, assim como Viagem a Darjeeling, do mesmo diretor. Pelo que pude notar, mesmo com atores bem famosos, o filme não parece ser muito conhecido. Fica aí a minha dica. Filme pira. 

Boni

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